quinta-feira, 2 de abril de 2009

Em carta à OAB, pai de Alexandre Nardoni desabafa e pede julgamento justo.


Antônio Nardoni, avô de Isabella Nardoni, entregou nesta terça-feira (31/3) uma carta ao presidente da seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Luiz Flávio Borges D’Urso, pedindo a fiscalização dos direitos de defesa de seu filho, Alexandre Nardoni, que irá a júri popular pela morte da menina, ocorrida há um ano.
A íntegra da carta, que tem três páginas, não foi divulgada, mas segundo a OAB paulista, Antônio desabafa e revela preocupação diante do antagonismo que seu filho e sua nora, Anna Carolina Jatobá, vem sofrendo da opinião pública e da mídia.
O avô de Isabella ainda destacou a falta de provas e as dificuldades encontradas ao longo do processo.Na carta, mais uma vez o pai de Alexandre se diz convicto da inocência do filho e da nora e apela para que a OAB garanta os direitos constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
“Considerando que há advogado legalmente constituído no processo, não me cabe fazer manifestação sobre o mérito do mesmo. A Ordem está à disposição, para receber o advogado que patrocina a causa, se for do interesse dele, para que ele possa bem exercer seu mandato e dessa forma garantir um julgamento justo”, afirmou D´Urso.No final de março, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou um recurso da defesa do pai e madrasta de Isabella e manteve a decisão que os levou à júri popular.
Presos desde maio de 2008, o casal é acusado pelos crimes de homicídio com três qualificadoras, por asfixia mecânica (meio cruel), uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (Isabella estava inconsciente no momento da queda) e com o intuito de garantir a impunidade de delito anterior (o próprio assassinato da menina), além de agravantes; e por fraude processual (manipular a cena do crime com o intuito de enganar a Justiça).
Quarta-feira, 1 de abril de 2009
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Em carta à OAB, pai de Alexandre Nardoni desabafa- Alguns Comentários Relevantes

Marcelo Nascimento (Pedagogo(a)) - BELO HORIZONTE, MG - 01/04/2009 - 18:09
Culpados ou não eu divido a opinião do pai. Não somente por eles, mas por todos nos brasileiros. Vivi a ditadura e fui preso em motivo algum, qdo tinha 15 anos! Um absurdo!
O caso dos Nardoni me lembra aqueles momentos escuros do estado brasileiro. Todos têm direitos a um julgamento justo e imparcial. Ninguém deveria ser preso antes de julgado e condenado.
As ditaduras se utilizam destes deslizes para, num futuro, utilizar o mesmo artifício para aprisionar inocentes. Culpados ou não, os Nardoni deveriam estar em liberdade. Cabe à sociedade se controlar e buscar o estado de direito para todos.
Se formos coniventes com a injustiça agora, não poderemos cobrar de nenhuma instituição governamental um perfil de honestidade e justiça. Este caso só vem a descrever como o povo brasileiro é conivente com a corrupção e com o descaso em relação aos direitos primários dos cidadãos. Torço por um julgamento claro e justo e se forem julgados culpados que cumpram a pena. Por hora só são suspeitos.
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Sylvio Lincoln Almeida Jr. (Jornalista/Radialista) - SÃO PAULO (CAPITAL), SP -
02/04/2009 - 11:20
Acompanhei o caso pelo noticiário transmitido de forma parcial e incompetente pela mídia que se curvou a ação espetaculosa da polícia. Os laudos periciais foram inteligentemente contestados por peritos contratados pela família.
Os trabalhos que colocaram em xeque as perícias oficiais não foram analisados e a crítica produzida limitou-se às pessoas dos técnicos. Pelo que vi (noticiado), resta provar que o casal é culpado, até porque faltam muitas respostas. Aliás, o casal acusado já foi condenado... pela mídia... o que me transmite sensação de absoluta insegurança...
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Nanci Bergamini (Decoradora) - São Paulo (capital), SP -
02/04/2009 - 10:55
Pois é....pelos comentários aqui feitos e pela opinião que escuto nas ruas dá para perceber quão justo será este julgamento. Todos se acham juízes,promotores e carrascos,mas ninguém parou para pensar que isto tudo pode ser um grande engano.
Existem milhares de culpados e julgados que estão em liberdade e não vi nenhuma comoção popular para que eles permanecessem presos,então por que já condenar duas pessoas que nem a julgamento foram?Ninguém tem acesso a 100%das provas e não ser a cobertura massificada da mídia que para encobrir outros assuntos elegeu este como favorito.
Mostraram os Nardonis como crápulas,expuseram as famílias como se fossem os próprios capetas encarnados,enquanto tudo isto acontecia várias Isabellas estavam sendo mortas da mesma forma. Desculpem-me as sinceridades,mas os senhores cristãos se acham donos da razão?
Eu como atéia convicta não me dou o direito. Prefiro esperar que a razão prevaleça. Barbáries já foram cometidas por se acreditarem em escândalos criados.

Mendes afirma “corregedorias tem deixado a desejar.


A realidade encontrada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) nos Estados comprovou uma suspeita antiga: as corregedorias pouco ou nada fazem para investigar e punir irregularidades de juízes - mesmo os casos mais evidentes, como a contratação de parentes, a paralisia de processos ou o desperdício de dinheiro público.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, “as corregedorias não estão atuando como deveriam. Elas têm sido falhas e omissas na apuração de irregularidades”, admitiu o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp. “Na média, as corregedorias têm deixado a desejar”, confirmou o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ, Gilmar Mendes.
Domingo, 29 de março de 2009