sábado, 24 de outubro de 2009

SEGUNDA PARTE > FINAL!)

SEGUNDA PARTE > FINAL!)

—Pessoas com capacidade didática e de escolaridade, ao cometerem um crime tão bárbaro, sabendo das suas conseqüências, não iriam levar a menina, carregando-a por seis andares até o seu quarto, saindo para buscar as outras crianças e, ao voltar ao quarto, no sexto andar, não viu a menina, vendo por um buraco na rede de nylon, a menina caída lá embaixo. O que, no mínimo faria, era jogá-la pela janela do seu automóvel, no trajeto para a casa, para ela ser atropelada pelo veículo que viesse atrás dele, limitando-se, depois, a dizer que a menina, por si só, teria caído da janela do seu automóvel.

—Não consta que a Perícia feita no quarto tenha localizado o instrumento usado para abrir o buraco na tela.
—Não sabemos se os Peritos registraram se, quem abriu o buraco na tela, era “canhoto” ou destro, imaginem que o seja “canhoto” e, o casal, não seja!

—Não falaram, pelo menos que eu saiba a altura, em centímetros, do aludido buraco na tela de nylon de proteção, o que determinaria, em parte, alguém de altura condizente à feitura do buraco efetuado.

—Sabemos que ninguém gosta de se apresentar como testemunhas de crimes, inclusive, até as vítimas escondem a face. As testemunhas ouvidas informaram de uma briga do casal Alexandre e Ana Carolina, com palavrões, do outro lado da rua ou avenida e, em outro edifício. Embora não possa haver dolo, podem ter se enganado na origem da discutição, vinda de outros andares com movimentos na artéria ao rés-do-chão.

—Os contatos com marca de sangue podem ter ocorrido após o encontro com Isabela no solo e, antes da chegada do “Rabecão’.

—As manchas de sangue no piso do quarto no sexto andar, podem ser resultantes da investida do assassino contra Isabella, acabando por jogá-la pela janela, fugindo em seguida, sem ser identificado, antes do retorno de Alexandre, vindo do térreo com as outras crianças, acabando por sujar as vestes Dele e de Ana Carolina.

—Pode ter o ocorrido que, realmente, Alexandre e Ana Carolina tenham espancado a menina, tirando-lhe sangue e, desesperados, a jogaram pela janela, imaginando que Ela estivesse morta pelo espancamento, todavia, mesmo assim, as lacunas as quais, me referi linhas atrás, terão que ser bem delineadas e esclarecidas! Principalmente, pelo fato de, ao espancá-la, o fizeram no seu apartamento, ligando-o, diretamente, à Cena ou ao Local do Crime. O que não é normal ocorrer com pessoas esclarecidas e de saber didático, que, por isso mesmo, evitariam que o local do bárbaro assassinato da garota ocorresse em seus domínios, pois, seria mais fácil retornar com Ela de carro e a jogar em uma esquina ou acostamento qualquer.

Vou parar por aqui e, só terei a convicção da culpabilidade do casal, se Ele, livremente, confessar a autoria e, as provas técnicas e testemunhais ficarem condizente e, sem nenhuma reticência. Quando fui perito “ad-hoc”, muitas vezes, me desentendi com as Autoridades que queriam que fossem modificadas algumas perícias, sem nem terem ido aos locais dos fatos, o que não aceitava.

Como o ser humano é muito moldável, no interesse de manter o seu emprego, pode ocorrer que, Peritos façam relatórios conclusivos se estribando no apurado nas investigações, para não se posicionarem contra alguns chefes, todavia, pelo que sei, poucos assim agem erroneamente.

Sebastião Antônio Baracho
autor de vários artigos, crônica e poesias
http://pt.shvoong.com/books/1804379-caso-isabella-nardoni-primeira-parte/