Gláucia Milício
O quarto dia de julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina Isabella há dois anos, começou nesta quinta-feira (25/4) com o depoimento de Alexandre Nardoni, que chorou por duas vezes. Durante as declarações do pai de Isabella, a defesa e a acusação se desentenderam. O juiz Maurício Fossen, responsável pelo caso, ameaçou a indeferir as perguntas tanto da defesa quanto da acusação.
O mal-estar foi motivado pela falta de cuidado de Cembranelli que citava diversos trechos do depoimento de Anna Carolina Jatobá para confrontar com as respostas de Alexandre no plenário, sem citar em quais folhas estavam no processo. O que impossibilitava a defesa de acompanhar a leitura. Irritado, Podval levantou diversas vezes do seu lugar para protestar.
O ponto alto da indignação do advogado se deu quando o promotor, com dedo em riste, afirmou que Podval não havia estudado o processo e, por isso, não conseguia se localizar. Do outro lado, Podval gritou: “Eu não vou ser maltratado aqui”. No meio do fogo cruzado, o juiz pediu paciência e cobrou mais cuidado de Cembranelli.
E ainda deu um pito no promotor. Pediu que ele fizesse perguntas objetivas, sem ironias e que cumprisse a sua brigação. Caso contrário, iria tirar o seu direito de fazer perguntas. Enquanto isso, Alexandre Nardoni era questionado sobre o valor de pensão, a relação que tinha com a família de Ana Carolina Oliveira, o nome da professora e da pediatra de Isabella e detalhes do momento do crime. Alexandre Nardoni reforçou parte de sua versão, de uma terceira pessoa no apartamento, mas dizia não se recordar de muita coisa dita na época de seu depoimento.
Passadas três horas, a sessão foi interrompida com uma pergunta, classificada como impertinente pelo juiz Maurício Fossen. Cembranelli perguntou se Alexandre Nardoni já usava óculos durante o inquérito policial. De maneira irônica, Alexandre Nardoni responde: Eu sempre precisei usar óculos e ultimamente a minha visão tem ficado irritada. O senhor não sabe porque não acompanha a minha vida. Nervoso, o promoter retrucou: Tão irritada a ponto de não chorar pela sua filha. Neste momento, o juiz abriu o intervalo para o almoço. Depois do recesso, Alexandre Nardoni responderá perguntas da defesa. Terminado o seu depoimento, a madrasta de Isabella, Ana Carolina Jatobá será ouvida.
No dia anterior
O terceiro dia de julgamento foi marcado pelo depoimento da perita Rosangela Monteiro, que falou com toda certeza que Alexandre Nardoni “defenestrou a filha pela janela”. Ela mostrou fotos da perícia feita na camiseta que Alexandre usava no dia do crime e constatou que as marcas deixadas são compatíveis com o teste que fizeram com um modelo do porte dele, arremessando um boneco de 25 kg pela janela, que era o peso de Isabella.
Durante as afirmações, o pai da garota demonstrava reprovação com a cabeça. O dia também foi marcada por vais, gritos e xingamentos ao criminalista Roberto Podval, responsável pela defesa do casal. Mais tarde, na hora do almoço, o advogado quase foi agredido por populares.
O quarto dia de julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina Isabella há dois anos, começou nesta quinta-feira (25/4) com o depoimento de Alexandre Nardoni, que chorou por duas vezes. Durante as declarações do pai de Isabella, a defesa e a acusação se desentenderam. O juiz Maurício Fossen, responsável pelo caso, ameaçou a indeferir as perguntas tanto da defesa quanto da acusação.
O mal-estar foi motivado pela falta de cuidado de Cembranelli que citava diversos trechos do depoimento de Anna Carolina Jatobá para confrontar com as respostas de Alexandre no plenário, sem citar em quais folhas estavam no processo. O que impossibilitava a defesa de acompanhar a leitura. Irritado, Podval levantou diversas vezes do seu lugar para protestar.
O ponto alto da indignação do advogado se deu quando o promotor, com dedo em riste, afirmou que Podval não havia estudado o processo e, por isso, não conseguia se localizar. Do outro lado, Podval gritou: “Eu não vou ser maltratado aqui”. No meio do fogo cruzado, o juiz pediu paciência e cobrou mais cuidado de Cembranelli.
E ainda deu um pito no promotor. Pediu que ele fizesse perguntas objetivas, sem ironias e que cumprisse a sua brigação. Caso contrário, iria tirar o seu direito de fazer perguntas. Enquanto isso, Alexandre Nardoni era questionado sobre o valor de pensão, a relação que tinha com a família de Ana Carolina Oliveira, o nome da professora e da pediatra de Isabella e detalhes do momento do crime. Alexandre Nardoni reforçou parte de sua versão, de uma terceira pessoa no apartamento, mas dizia não se recordar de muita coisa dita na época de seu depoimento.
Passadas três horas, a sessão foi interrompida com uma pergunta, classificada como impertinente pelo juiz Maurício Fossen. Cembranelli perguntou se Alexandre Nardoni já usava óculos durante o inquérito policial. De maneira irônica, Alexandre Nardoni responde: Eu sempre precisei usar óculos e ultimamente a minha visão tem ficado irritada. O senhor não sabe porque não acompanha a minha vida. Nervoso, o promoter retrucou: Tão irritada a ponto de não chorar pela sua filha. Neste momento, o juiz abriu o intervalo para o almoço. Depois do recesso, Alexandre Nardoni responderá perguntas da defesa. Terminado o seu depoimento, a madrasta de Isabella, Ana Carolina Jatobá será ouvida.
No dia anterior
O terceiro dia de julgamento foi marcado pelo depoimento da perita Rosangela Monteiro, que falou com toda certeza que Alexandre Nardoni “defenestrou a filha pela janela”. Ela mostrou fotos da perícia feita na camiseta que Alexandre usava no dia do crime e constatou que as marcas deixadas são compatíveis com o teste que fizeram com um modelo do porte dele, arremessando um boneco de 25 kg pela janela, que era o peso de Isabella.
Durante as afirmações, o pai da garota demonstrava reprovação com a cabeça. O dia também foi marcada por vais, gritos e xingamentos ao criminalista Roberto Podval, responsável pela defesa do casal. Mais tarde, na hora do almoço, o advogado quase foi agredido por populares.