Navegando pela internet, ele vira coisas estranhas, como a “sala do incesto”. Procurando mais, descobrira bizarrices criminosas de pedofilia, que o deixavam indignado. O homem foi apelidado X-9, gíria policial para informante. X-9 usou o laptop do delegado Domingues para demonstrar como um grupo de pessoas agenciava crianças.
Começava numa sala de bate-papo, ou chat. O informante criou um nome para uma policial entrar na sala de conversação, “Mamãe Quer Kids”. Teve grande correspondência de pedófilos. Logo se descobriu que um dos mais ativos do grupo assinava “Tio Ama Sobrinho” ou “Família Feliz”.
Foi então que Domingues obteve autorização da Justiça para uma escuta telefônica. Com isso, chegou ao nome de “Família Feliz”. “Era Márcio Aurélio Toledo, um pai-de-santo que se valia de sua condição para atrair ‘filhos’ crianças”, diz ele. Segundo Domingues, Márcio tinha como interlocutor freqüente um certo Fábio.
Os dois haviam se tornado íntimos. No dia 29 de maio, Fábio estava agitado. Às 14 horas, começou a telefonar para o pai-de-santo, que lhe prometera uma menina de 9 anos.
Começava numa sala de bate-papo, ou chat. O informante criou um nome para uma policial entrar na sala de conversação, “Mamãe Quer Kids”. Teve grande correspondência de pedófilos. Logo se descobriu que um dos mais ativos do grupo assinava “Tio Ama Sobrinho” ou “Família Feliz”.
Foi então que Domingues obteve autorização da Justiça para uma escuta telefônica. Com isso, chegou ao nome de “Família Feliz”. “Era Márcio Aurélio Toledo, um pai-de-santo que se valia de sua condição para atrair ‘filhos’ crianças”, diz ele. Segundo Domingues, Márcio tinha como interlocutor freqüente um certo Fábio.
Os dois haviam se tornado íntimos. No dia 29 de maio, Fábio estava agitado. Às 14 horas, começou a telefonar para o pai-de-santo, que lhe prometera uma menina de 9 anos.
Uma das frases captadas na escuta:
“Cadê a menina? Eu quero ela”.
Sem saber do grampo, Fábio deu sua localização a Márcio.
Os policiais viram o suspeito num telefone público. “Passei a meio metro dele e guardei seu rosto”, diz o investigador Geraldo Buscariolli Júnior. Ao ver Fábio entrando em seu carro, anotaram a placa. Às 19h40, depois de mais de cinco horas e meia de ansiedade e telefonemas, Fábio desistiu.
A placa do carro era de Penápolis, cidade de 55 mil habitantes, a 500 quilômetros de São Paulo. O delegado local, Mauro Gabriel, recebeu de seu colega Domingues um pedido para que a investigasse. Foi assim que a polícia descobriu quem era Fábio: o tenente da PM Fernando Neves Braz.
Sem saber do grampo, Fábio deu sua localização a Márcio.
Os policiais viram o suspeito num telefone público. “Passei a meio metro dele e guardei seu rosto”, diz o investigador Geraldo Buscariolli Júnior. Ao ver Fábio entrando em seu carro, anotaram a placa. Às 19h40, depois de mais de cinco horas e meia de ansiedade e telefonemas, Fábio desistiu.
A placa do carro era de Penápolis, cidade de 55 mil habitantes, a 500 quilômetros de São Paulo. O delegado local, Mauro Gabriel, recebeu de seu colega Domingues um pedido para que a investigasse. Foi assim que a polícia descobriu quem era Fábio: o tenente da PM Fernando Neves Braz.