Com acesso restrito, júri do casal Nardoni só terá 77 na platéia.
Idéia é manter ambiente livre de pressões que influenciem jurados. Para associação dos advogados, julgamento pode servir de exemplo. A Justiça vai controlar o acesso ao julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, que terá início nesta segunda-feira (22). Apenas 77 pessoas serão autorizadas a ocupar a platéia do Tribunal do Júri.
“É um julgamento que marcará época. Não houve provavelmente um julgamento semelhante a este nos últimos 50, 100 anos”, diz Juan Carlos Muller, presidente da associação. Mas o acesso ao plenário será mais do que restrito. Dos 77 lugares da platéia, 20 foram reservados para jornalistas. O restante será ocupado por convidados, parentes dos réus e da vítima.
A restrição de acesso ao Tribunal do Júri é proporcional à repercussão internacional do caso. A idéia é manter o ambiente livre de pressões externas que possam influenciar os jurados, que já vão chegar com muita informação sobre a morte da menina Isabella.
“Não há como não ter informação de um caso como esse. Mas eu acredito piamente que as pessoas que vão julgar terão a oportunidade de conhecer bem a prova, vão poder comparar com o que já sabem, vão poder formar uma convicção que lhes permitirá participar do julgamento e acredito, sim, que vai resultar numa sanção merecida”, afirma o promotor Francisco Cembranelli.
“A gente não pode ser hipócrita. Todo mundo tem que pensar: como é que vão os jurados para aquele júri? Vão ali para condená-los. Vão ali achando, porque tudo que assistiram e o que viram foi isso. E não é verdade”, afirma o advogado de defesa Roberto Podval.
Defesa vai apresentar fralda, tela, roupas e calçados do casal Nardoni aos jurados
Objetivo do advogado de Alexandre e Jatobá é desqualificar perícia.
A defesa do casal Nardoni, acusado de matar Isabella, pretende apresentar aos jurados todo o material que foi recolhido pela Polícia Técnico Científica de São Paulo do apartamento onde a menina caiu há dois anos. Dentre as peças, estão a tela de proteção da janela do sexto andar, que teria sido rompida, a faca e a tesoura usadas para cortá-la, as roupas e sapatos de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá e a fralda que teria estancado o sangue da criança no dia 29 de março de 2008.
O juiz Maurício Fossen, que irá conduzir o júri a partir da próxima segunda-feira (22), autorizou no início desta semana o pedido feito pelo advogado do casal, Roberto Podval, para levar ao julgamento as peças que foram usadas pelos Institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC) para ajudar a culpar o pai e a madrasta de Isabella pela morte da garota. Além das peças técnicas, depoimentos de testemunhas também pesaram para apontar o casal como suspeito. Mais de 20 pessoas deverão ser ouvidas no júri.
Sacos com o material colhido no apartamento dos Nardoni já saíram do IC e do IML, onde estavam guardados, e estão agora no Fórum de Santana, onde ocorrerá o júri. O objetivo de Podval será o de desqualificar o trabalho dos peritos. O advogado não foi encontrado nesta quinta-feira (18) para comentar o assunto.
Na semana passada, Podval chegou a dizer que “a perícia não pode trabalhar para montar uma história que a polícia não conseguiu montar. E neste caso eu não tenho dúvida que isso foi feito: a perícia trabalhou em função da polícia”.
A acusação foi informada na quarta-feira (17) pela Justiça sobre o fato de a defesa querer usar as peças da perícia. Assim como o advogado dos Nardoni, o promotor Francisco Cembranelli, responsável por denunciar o casal pela morte de Isabella, também irá usar um material para apresentar aos sete jurados: trata-se de um vídeo feito pelo IC sobre como teria ocorrido o crime e uma maquete do Edifício London, na Zona Norte da capital.
Na versão da polícia, o casal para na garagem do prédio, local onde a madrasta teria agredido Isabella. Vestígios de sangue teriam ficado no carro.
Para a acusação, Alexandre entrou em casa com a filha no colo e a jogou no chão da sala. Em seguida, Ana Jatobá teria asfixiado a menina com as duas mãos. Pela conclusão dos peritos, Alexandre pegou uma faca e uma tesoura, foi ao quarto e cortou a tela de proteção.
Depois, pegou a filha no colo, entrou no quarto e caminhou sobre a cama. A pegada de Alexandre ficou no lençol. O pai teria jogado a menina desacordada pela janela. A tela de proteção deixou marcada a camiseta do pai.
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada caída no jardim do prédio pelo porteiro. Era uma noite de sábado, a menina não resistiu. Alexandre Jatobá, únicos réus pela morte, alegam inocência: afirmam que um ladrão teria entrado no apartamento quando o casal estaria na garagem com os outros filhos. Essa terceira pessoa nunca foi encontrada.
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/
Idéia é manter ambiente livre de pressões que influenciem jurados. Para associação dos advogados, julgamento pode servir de exemplo. A Justiça vai controlar o acesso ao julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, que terá início nesta segunda-feira (22). Apenas 77 pessoas serão autorizadas a ocupar a platéia do Tribunal do Júri.
“É um julgamento que marcará época. Não houve provavelmente um julgamento semelhante a este nos últimos 50, 100 anos”, diz Juan Carlos Muller, presidente da associação. Mas o acesso ao plenário será mais do que restrito. Dos 77 lugares da platéia, 20 foram reservados para jornalistas. O restante será ocupado por convidados, parentes dos réus e da vítima.
A restrição de acesso ao Tribunal do Júri é proporcional à repercussão internacional do caso. A idéia é manter o ambiente livre de pressões externas que possam influenciar os jurados, que já vão chegar com muita informação sobre a morte da menina Isabella.
“Não há como não ter informação de um caso como esse. Mas eu acredito piamente que as pessoas que vão julgar terão a oportunidade de conhecer bem a prova, vão poder comparar com o que já sabem, vão poder formar uma convicção que lhes permitirá participar do julgamento e acredito, sim, que vai resultar numa sanção merecida”, afirma o promotor Francisco Cembranelli.
“A gente não pode ser hipócrita. Todo mundo tem que pensar: como é que vão os jurados para aquele júri? Vão ali para condená-los. Vão ali achando, porque tudo que assistiram e o que viram foi isso. E não é verdade”, afirma o advogado de defesa Roberto Podval.
Defesa vai apresentar fralda, tela, roupas e calçados do casal Nardoni aos jurados
Objetivo do advogado de Alexandre e Jatobá é desqualificar perícia.
A defesa do casal Nardoni, acusado de matar Isabella, pretende apresentar aos jurados todo o material que foi recolhido pela Polícia Técnico Científica de São Paulo do apartamento onde a menina caiu há dois anos. Dentre as peças, estão a tela de proteção da janela do sexto andar, que teria sido rompida, a faca e a tesoura usadas para cortá-la, as roupas e sapatos de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá e a fralda que teria estancado o sangue da criança no dia 29 de março de 2008.
O juiz Maurício Fossen, que irá conduzir o júri a partir da próxima segunda-feira (22), autorizou no início desta semana o pedido feito pelo advogado do casal, Roberto Podval, para levar ao julgamento as peças que foram usadas pelos Institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC) para ajudar a culpar o pai e a madrasta de Isabella pela morte da garota. Além das peças técnicas, depoimentos de testemunhas também pesaram para apontar o casal como suspeito. Mais de 20 pessoas deverão ser ouvidas no júri.
Sacos com o material colhido no apartamento dos Nardoni já saíram do IC e do IML, onde estavam guardados, e estão agora no Fórum de Santana, onde ocorrerá o júri. O objetivo de Podval será o de desqualificar o trabalho dos peritos. O advogado não foi encontrado nesta quinta-feira (18) para comentar o assunto.
Na semana passada, Podval chegou a dizer que “a perícia não pode trabalhar para montar uma história que a polícia não conseguiu montar. E neste caso eu não tenho dúvida que isso foi feito: a perícia trabalhou em função da polícia”.
A acusação foi informada na quarta-feira (17) pela Justiça sobre o fato de a defesa querer usar as peças da perícia. Assim como o advogado dos Nardoni, o promotor Francisco Cembranelli, responsável por denunciar o casal pela morte de Isabella, também irá usar um material para apresentar aos sete jurados: trata-se de um vídeo feito pelo IC sobre como teria ocorrido o crime e uma maquete do Edifício London, na Zona Norte da capital.
Na versão da polícia, o casal para na garagem do prédio, local onde a madrasta teria agredido Isabella. Vestígios de sangue teriam ficado no carro.
Para a acusação, Alexandre entrou em casa com a filha no colo e a jogou no chão da sala. Em seguida, Ana Jatobá teria asfixiado a menina com as duas mãos. Pela conclusão dos peritos, Alexandre pegou uma faca e uma tesoura, foi ao quarto e cortou a tela de proteção.
Depois, pegou a filha no colo, entrou no quarto e caminhou sobre a cama. A pegada de Alexandre ficou no lençol. O pai teria jogado a menina desacordada pela janela. A tela de proteção deixou marcada a camiseta do pai.
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada caída no jardim do prédio pelo porteiro. Era uma noite de sábado, a menina não resistiu. Alexandre Jatobá, únicos réus pela morte, alegam inocência: afirmam que um ladrão teria entrado no apartamento quando o casal estaria na garagem com os outros filhos. Essa terceira pessoa nunca foi encontrada.
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/