Promotor cita CSI e diz que Caso Isabella é divisor de águas para Justiça
Paulo Cesar - 27/03/2010
O promotor atuou, conseguiu o seu desiderato. Mas, uma coisa passou desapercebido do povão e da mídia que evidentemente ficara silente. Na fundamentação de sua tese, o promotor usou uma maquete avaliada em R$ 50 mil reais. Duas questões nos assombram: a primeira é quem pagou pela maquete, ou seja, quem pagou por um artifício para ajudar a condenar alguém. A segunda questão é, porque tais artifícios não são usados com mais rotina... Se quem pagou a conta foi o MP, então nós temos que admitir que foi com dinheiro público. Nesse caso haveria que haver licitação, etc. O promotor desconversou. Em seguida nos ocorre a pergunta. Se o MP tem verba para pagar por este artifício, porque não o usa com mais frequência? Ou só usa tais artifícios quando o caso dá muita mídia. Em terceiro lugar, se houve a doação - seria legítimo o MP aceitar uma doação que visa ajudar a condenar uma pessoa? Seria moral, seria legal? O promotor tem o dever de explicar a origem, a forma de aquisição desse artifício.
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Luiza Rotbart - 27/03/2010
Tomara mesmo que esse caso seja um divisor de águas para a justiça que na maioria dos casos não atua corretamente. Foi necessária a intervenção da população para garantir o resultado do julgamento. Quando ao trabalho dos peritos, ele foi questionado porque nem sempre trabalham corretamente, sobretudo quando estão em pauta grandes interesses. Qualquer cidadão injustiçado que precisou dos trabalhos da polícia e de seus peritos sabe o grau de fragilidade e corrupção que permeia o setor.