quarta-feira, 26 de maio de 2010

Desprezado pela defesa no julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá - Parte final

Embora não garanta a existência de uma terceira pessoa no cenário do crime, Sanguinetti afirma que era possível alguém ter entrado no apartamento sem ter sido percebido, e que o tempo de evacuação do apartamento seria de apenas um minuto.

"Havia um prédio em construção ao lado do edifício, e tinha por onde qualquer pessoa entrar sem ser percebida.

O porteiro também alegou que na noite do crime chegaram carros que ele não conseguiu identificar, pois ainda não havia cadastro, e que a cerca elétrica e os sensores ainda não haviam sido ativados. Além disso, o tenente que comandou as investigações me disse que vistoriou apenas os apartamentos que conseguiu, ou seja, visitou aqueles que tinham pessoas e que abriram as portas. E se o pedófilo estivesse em um desses que não foi visitado?", argumentou.

Sanguinetti ainda assegura que não tem interesse em ganhar dinheiro com o livro, mas, sim, levantar a discussão sobre o assunto. "Esse livro vai custar entre R$ 8 e R$ 10, que é o preço mínimo. Tenho duas aposentadorias e sou consultor; tenho uma vida estável. Quero que as pessoas vejam que existem erros em um caso de tanta repercussão e principalmente que esse debate chegue às faculdades", disse.

Procurados pelo UOL Notícias, o advogado de defesa do casal Nardoni, Roberto Podval, e o promotor do caso, Francisco Cembranelli, informaram que não iriam comentar a tese levantada por Sanguinetti.

Legista já contestou morte de PC Farias
Aos 65 anos, o pernambucano George Sanguinetti é professor de medicina legal aposentado pela Universidade Federal de Alagoas e coronel reformado da Polícia Militar do Estado.

O legista ficou conhecido nacionalmente ao contestar, em 1998, o laudo do legista paulista Badan Palhares sobre a morte de Paulo César Farias, que apontava para crime passional, seguido de suicídio.

"Ali foi um duplo homicídio, e conseguimos à época anular o laudo feito pelo legista Badan Palhares. Hoje, o laudo que vale é nosso", contou.

PC Farias e sua mulher, Suzana Marcolino, foram encontrados mortos com um tiro cada um na casa de praia dele em

Maceió, em 23 de junho de 1996.

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