domingo, 28 de setembro de 2008

10 perguntas para ILana Casoy

1– O que fez você trocar a profissão de administradora de empresas para mergulhar no mundo dos seriais killers?
IC - Eu não acordei um dia e disse “vou mudar de profissão”. A pesquisa sobre o universo do serial killer sempre foi um hobbie. Quando a internet entrou no Brasil, pude me dedicar mais. Em janeiro de 2000, parei de trabalhar como administradora. A virada do ano foi uma virada na minha vida. O que não quer dizer que deixei de usar meus conhecimentos de administração nas pesquisas e nos casos que já ajudei a solucionar.

2 – Por que o interesse específico pela vida dos seriais killers?
IC - Queria compreender o que acontece com uma pessoa para cometer atos de maldade tão extrema. Traumas na infância e questões sociais, analisados isoladamente, não explicam a questão. O mal existe? E se existe, nasce com a pessoa ou aparece depois? É isso que tento entender no meu trabalho.

3 – O que diferencia um assassino em série dos demais?
IC - Eles são muito perspicazes para definir quem serão as vítimas. No crime em série, a questão está na satisfação do assassino e não na morte da vítima. É por isso que ele mata inúmeras pessoas e não uma só.

4– No livro “O Quinto Mandamento”, você reconstrói o assassinato do casal Richthofen. O que lhe chamou a atenção no caso?
IC- Queria acompanhar a solução de um crime no Brasil. O assassinato dos Richthofen pelos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, que na época namorava Suzane, não era melhor nem pior que outros, era didático. A prisão está lotada de criminosos como os irmãos Cravinhos. Já Suzane se difere por ter cometido um crime contra os pais, figuras sagradas em qualquer cultura.

5 – O que mais pode explicar por que uma pessoa se torna um serial killer?
IC - Todos os indivíduos que eu entrevistei tiveram uma infância péssima. Mas só isso não explica. Situações sociais complicadas ou lesões físicas na vida adulta, entre outros motivos, podem ajudar a entender porque alguém passa a matar pessoas em série. Eu adoraria que houvesse uma resposta fácil, mas o problema é que cada indivíduo é muito particular.