quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Relatório do Conselho da Condição Feminina.V

Dia 12/04/92 a dentista Adaíra Kessin Elias reconhece o corpo encontrado, como sendo o de Evandro. Apesar de afirmar que não faz registro de seus pacientes, reconheceu, de memória, restaurações que disse haver realizado. Afirmou ter extraído o dente “64” (laudo de reconhecimento).

Por que o reconhecimento se deu, se o dente que a dentista afirmou que extraiu, consta descrito no laudo como existente na arcada dentária do cadáver?

Treze dias após, dia
24/04/92, é encontrada uma “sandália de dedo”, com tiras de pano, nas proximidades do local, que foi reconhecida pelos pais do menino Evandro como sendo a que este usava no dia do desaparecimento
(fls. 52/53/54).

Por que a “chave da casa” e a “sandália de dedo” estavam próximas ao cadáver, que não possuía mãos nem dedos dos pés?

As investigações prosseguem pelo grupo Tigre, sem que nada conclusivo seja descoberto. O Sr. Diógenes informa diversas “pistas” aos policiais – sem porém querer revelar suas fontes. Diversas dessas pistas são seguidas – nada é encontrado. Os policiais passam a não darem ouvidos a Diógenes, que fala em terreiros, responsos, magia, e tráfico de órgãos.
(fls. 22 à 93, 404, 760 à 762).

No dia
29/05/92 Diógenes presta declarações na Coordenadoria das Promotorias Criminais – em Curitiba – relatando diversas e confusas acusações a Osvaldo Marcineiro, Celina Abagge e Beatriz Abagge (fls. 254 a 263).

Por que se acreditou nas alucinantes e fantasmagóricas acusações de Diógenes Caetano incriminando inimigas pessoais deste, sem outras provas quaisquer? Por que o depoimento foi prestado em Curitiba?