Carlos Zamith Junior
Não tenho o hábito de postar no blog assuntos que obtém grande repercussão na mídia, como o da morte da menina Isabela. Mas, ontem, ao assistir o jornal nacional e nele tomar conhecimento da decretação da prisão preventiva do casal apontado como autores do brutal assassinato, não pude me conter.
Assustou-me ver imagens da turba enfurecida, aguardando a saída de Alexandre e Anna Jatobá da residência dos pais dela, em Guarulhos. Assustou-me, muito mais, a descrição feita pela repórter, que não eram apenas curiosos que estavam ali presentes.
Havia um “tribunal” de pessoas, prontas para fazer justiça com as próprias mãos, caso a polícia não tomasse os cuidados que tomou para proteger os dois acusados.
Amedrontou-me perceber que as autoridades estão se deixando levar pelo lado emocional da coisa. A prisão preventiva do casal significa “antecipação de pena”, o que não é permitido em lei. O promotor de justiça, por seu turno, assemelhou-se a um animador de auditório, ao pedir “o apoio da opinião pública".
Nessas horas me vem à mente a lição de um velho magistrado. Dizia ele: “Meu filho, a opinião pública é uma prostituta que puxa o juiz pela manga da camisa… E não se esqueça que o clamor público já levou Cristo à crucificação, libertando o verdadeiro criminoso”.
Sábias palavras.
Não tenho o hábito de postar no blog assuntos que obtém grande repercussão na mídia, como o da morte da menina Isabela. Mas, ontem, ao assistir o jornal nacional e nele tomar conhecimento da decretação da prisão preventiva do casal apontado como autores do brutal assassinato, não pude me conter.
Assustou-me ver imagens da turba enfurecida, aguardando a saída de Alexandre e Anna Jatobá da residência dos pais dela, em Guarulhos. Assustou-me, muito mais, a descrição feita pela repórter, que não eram apenas curiosos que estavam ali presentes.
Havia um “tribunal” de pessoas, prontas para fazer justiça com as próprias mãos, caso a polícia não tomasse os cuidados que tomou para proteger os dois acusados.
Amedrontou-me perceber que as autoridades estão se deixando levar pelo lado emocional da coisa. A prisão preventiva do casal significa “antecipação de pena”, o que não é permitido em lei. O promotor de justiça, por seu turno, assemelhou-se a um animador de auditório, ao pedir “o apoio da opinião pública".
Nessas horas me vem à mente a lição de um velho magistrado. Dizia ele: “Meu filho, a opinião pública é uma prostituta que puxa o juiz pela manga da camisa… E não se esqueça que o clamor público já levou Cristo à crucificação, libertando o verdadeiro criminoso”.
Sábias palavras.
http://www.diariodeumjuiz.com/?p=1177