'Made in Brazil'
Após o crime, os peritos investigam o porta-malas de um carro suspeito, lavado para esconder o delito. Em busca de vestígios, jogam uma substância no local. Observa-se um brilho parecido ao do vaga-lume. Só que azul. Conclusão da perícia: há sangue, pista fundamental para esclarecer o homicídio.
O descrito acima poderia ser roteiro de um episódio de "CSI", mas também de uma série filmada no Rio, onde pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), liderados pelo professor Cláudio Lopes, desenvolveram um "Luminol tupiniquim" a pedido do laboratório de DNA da Polícia Civil do Rio, em 2001. "Em vez de 'CSI', poderíamos filmar no Brasil um 'Tropa de Elite científico-tecnológico'", brinca.
Para produzir a substância, um dos principais recursos dos peritos para detectar sangue escondido em cenas de homicídio, foi usada uma tecnologia que permitiu fazer o "Luminol" de uma forma diferente da norte-americana, sem necessidade de uso de radiação ultravioleta e com a eliminação de etapas (sem pressão e calor). O que barateou a produção.
Ela é composta de hidróxido de sódio e água oxigenada em um meio ligeiramente básico. O "Luminol" "made in Brazil" custa R$ 300 (kit com dois frascos de 250 ml). O importado, R$ 2.700. A nova fórmula, patenteada por Cláudio aqui e nos EUA, passou a ser utilizada no Rio. Inclusive em crimes de repercussão nacional, como a morte do casal norte-americano Staheli, em 2003.
Jossiel dos Santos confessou ter matado o diretor da Shell Todd Staheli e sua mulher, Michelle, após a perícia ter detectado vestígios de sangue com o uso do "Luminol" nas roupas do caseiro, mesmo depois de lavadas, conta o professor. Os dois morreram depois de serem golpeado, em um condomínio de luxo na zona oeste carioca.
O casal foi encontrado na cama pelo filho, que entrou no quarto atraído pelo despertador que não parava de tocar. O "Luminol", continua Cláudio, não destrói o DNA. O professor defende também seu uso fora do âmbito forense. Para monitorar sangue contra a contaminação hospitalar, por exemplo.
Além do "Luminol", Cláudio e equipe trabalham com a produção de tinta invisível, utilizada pela polícia contra seqüestros e extorsões. A identificação ocorre por meio da luz ultravioleta. A polícia marca algumas notas de dinheiro com a tinta para, posteriormente, identificar os criminosos. A "mágica" da tinta também está presente em obras do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Após o crime, os peritos investigam o porta-malas de um carro suspeito, lavado para esconder o delito. Em busca de vestígios, jogam uma substância no local. Observa-se um brilho parecido ao do vaga-lume. Só que azul. Conclusão da perícia: há sangue, pista fundamental para esclarecer o homicídio.
O descrito acima poderia ser roteiro de um episódio de "CSI", mas também de uma série filmada no Rio, onde pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), liderados pelo professor Cláudio Lopes, desenvolveram um "Luminol tupiniquim" a pedido do laboratório de DNA da Polícia Civil do Rio, em 2001. "Em vez de 'CSI', poderíamos filmar no Brasil um 'Tropa de Elite científico-tecnológico'", brinca.
Para produzir a substância, um dos principais recursos dos peritos para detectar sangue escondido em cenas de homicídio, foi usada uma tecnologia que permitiu fazer o "Luminol" de uma forma diferente da norte-americana, sem necessidade de uso de radiação ultravioleta e com a eliminação de etapas (sem pressão e calor). O que barateou a produção.
Ela é composta de hidróxido de sódio e água oxigenada em um meio ligeiramente básico. O "Luminol" "made in Brazil" custa R$ 300 (kit com dois frascos de 250 ml). O importado, R$ 2.700. A nova fórmula, patenteada por Cláudio aqui e nos EUA, passou a ser utilizada no Rio. Inclusive em crimes de repercussão nacional, como a morte do casal norte-americano Staheli, em 2003.
Jossiel dos Santos confessou ter matado o diretor da Shell Todd Staheli e sua mulher, Michelle, após a perícia ter detectado vestígios de sangue com o uso do "Luminol" nas roupas do caseiro, mesmo depois de lavadas, conta o professor. Os dois morreram depois de serem golpeado, em um condomínio de luxo na zona oeste carioca.
O casal foi encontrado na cama pelo filho, que entrou no quarto atraído pelo despertador que não parava de tocar. O "Luminol", continua Cláudio, não destrói o DNA. O professor defende também seu uso fora do âmbito forense. Para monitorar sangue contra a contaminação hospitalar, por exemplo.
Além do "Luminol", Cláudio e equipe trabalham com a produção de tinta invisível, utilizada pela polícia contra seqüestros e extorsões. A identificação ocorre por meio da luz ultravioleta. A polícia marca algumas notas de dinheiro com a tinta para, posteriormente, identificar os criminosos. A "mágica" da tinta também está presente em obras do Museu Nacional do Rio de Janeiro.