sexta-feira, 5 de setembro de 2008

As Lesões por Precipitação -II

GALILEU cria que qualquer afirmativa relacionada a um fenômeno tinha de fundamentar-se em experiências e em observações cuidadosas (empirismo). Como estudos dos fenômenos da natureza não eram adotados até aquela época, varias conclusões de GALILEU entraram em choque com os ensinamentos e observações de ARISTÓTELES.

Portanto, precipitação é definida como a queda livre que pode se dar de uma edificação, ou de pára-quedismo, ou de montanhas etc. Importante se faz recordar que queda ocorre no mesmo plano, enquanto queda livre ocorre de um plano, superior para outro inferior.

Dentre as ações contundentes, a precipitação é, juntamente com os desastres automobilísticos, os atropelamentos e os esmagamentos, o meio que mais produz lesões, e graves, na vítima.

Interessante se faz salientar que, mesmo sendo um dos meios mais lesivos, na precipitação constatamos grande desproporção entre as lesões externas e internas, uma vez que freqüentemente encontramos a pele intacta ou com pouquíssimas lesões de natureza contundente (equimoses, escoriações e feridas contusas), se comparadas com as graves lesões internas, como lesões ósseas (fraturas) e lesões de vísceras (maciças e ocas).

Destarte, lesões cutâneas se avultam em casos de quedas livres conseqüentes à prática de pára-quedismo. Nessa modalidade de precipitação encontramos graves feridas contusas, tanto pelo impacto na superfície quanto promovidas por fragmentos ósseos irregulares (fraturas expostas).