sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Em nome do Estado Democrático de Direito e da ampla defesa

Não estou aqui defendendo simplesmente o casal, mas também a essência da democracia nesse país, e o Estado Democrático de Direito e da ampla defesa que, nesse caso, não estão sendo observados, em nome de uma justiça rápida que não pode e não deve ser a verdadeira justiça, sob pena de se ratificar a condenação de dois inocentes.

Inocentes que hoje já estão pagando por algo que não fizeram, somente para satisfazer os desejos de promoção de alguns poucos. Peço do fundo do meu coração, como pai e avô de uma menina linda que se foi, para que as autoridades desse país - principalmente aquelas que devem aplicar o Direito na sua plenitude - que reflitam bem sobre esse caso, para que não se arrependam amanhã das exceções hoje aplicadas, e que podem vir a se tornar regras num futuro bem próximo, levando nossas instituições ao descrédito e as pessoas desse nosso lindo país a acreditar que vale tudo em busca da justiça, mesmo a condenação de dois inocentes.


Advogado (OAB/ SP 121.857), formado pela Faculdade de Direito das Faculdades Integradas de Guarulhos - Turma de 1992.