quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Relatório do Conselho da Condição Feminina.VIII

Por que o policial impediu o advogado de acompanhar suas clientes?É normal, policial seqüestrarem pessoas, impedindo que sejam ouvidas pelo juiz da comarca na presença de advogado?Por que não esperaram a juíza e o promotor para inquiri-las?Por que até então não foi mostrado qualquer “mandado de prisão”?

O Advogado e a outra filha do Prefeito de nome Sheila resolvem ir até Paranaguá a procura das presas. Passam em casa e pegam dinheiro, param no posto, colocam combustível e partem. Em Paranaguá foi informado, que a prisão foi efetuada por policiais da
“P2”
– “Serviço de inteligência da Polícia Militar do Paraná”.

E que não foram levadas para aquela delegacia. Ambos retornam à Guaratuba e efetivam buscas em todos os locais. Tentam inclusive conversar com a Juíza, sendo que são atendidos por um policial armado com metralhadora que informa que esta não está.
(fls. 947v e 948 e v.).

Por que os policiais do “serviços de inteligência" estavam usando coletes da Polícia Federal, na hora da prisão?
Onde estava a juíza da comarca?

Na delegacia local não encontram Celina e Beatriz. No Fórum nenhuma informação. Passam a procurar pelos arredores da cidade e nada conseguem. Outros familiares e amigos procederam, iguais na buscas, nada encontrando.
(fls. 947v., 948 e v.).

Enquanto isso o automóvel segue em direção à Joinville. Um dos policiais ordena (apontando a metralhadora) que se abaixem: “para que não sejam reconhecidas” – diz.
(fls. 530, 531, 538v.).

O automóvel segue em alta velocidade durante algum tempo. A certa altura para na estrada. Os policiais permitem que ambas as presas se levantem. Celina reconhece a estrada. Um policial sugere que fujam “para matá-las pelas costas” – diz
(fls. 530, 531, 538v.)